Trata-se de investigar os significados atribuídos por pacientes portadores do vírus da hepatite C sobre a doença e o tratamento dietético. Para tanto, adota-se a metodologia da pesquisa qualitativa em que o sujeito interage com sua narrativa sobre o objeto de estudo e os pesquisadores analisam cuidadosamente seus enunciados. As acepções sobre o adoecer e as mudanças dos hábitos alimentares e de vida dos pacientes foram analisadas por meio da obtenção de entrevistas em profundidade. Ao trazer os sentidos expressos sobre a doença, cria-se a possibilidade de compreensão dos aspectos culturais sobre a alimentação, a nutrição e a dietética; um desafio para os profissionais de saúde e nutrição, que precisam relatar a seus pacientes a necessidade de seguir hábitos alimentares mais saudáveis, implicando alterações nem sempre simples de serem realizadas. Consideram-se hábitos e representações do ato da alimentação, como parte da identidade cultural do sujeito. Justifica-se este estudo pela necessidade de situar maior interação entre profissionais, estudantes de saúde e pacientes de modo a ampliar a compreensão dos fenômenos que cercam a experiência da doença pelos pacientes. Conclui-se que os pacientes de hepatite C atendidos no ambulatório do Hospital Universitário da cidade de Salvador e o profissional podem atingir os objetivos de aconselhamentos nutricionais, se trilharem direções dialógicas. Com isso, observou-se a adesão à orientação dietética sem rupturas bruscas e sofrimentos dos pacientes.
vírus Hepatite C; pesquisa qualitativa; hábitos alimentares