A fibromialgia é uma síndrome reumática que atinge muitas mulheres na população brasileira. Atualmente levanta-se a hipótese de que o regime social de trabalho tem contribuído para o aumento dos índices de fibromialgia, acarretando adoecimento e sofrimento coletivo. O mal-estar gerado no trabalho somatiza-se na forma de dor crônica, ansiedade e depressão, sintomas típicos da fibromialgia. Este artigo é produto de pesquisa etnográfica realizada com mais de 60 mulheres diagnosticadas com fibromialgia. A perda dos sentidos positivos em relação ao trabalho e o desencantamento com a atividade laboral implicam dor e sofrimento. A fibromialgia vem juntar-se aos casos de LER e DORT como efeito da reestruturação da relação capital-trabalho nas últimas décadas.
Fibromialgia; capitalismo; adoecimento; regime de trabalho