Pesquisa Avaliativa |
Identificar o problema, rever e selecionar conhecimento |
Adaptar o conhecimento ao contexto local (Níveis da influência) |
Avaliar barreiras para utilização de conhecimento |
Selecionar, adaptar, implementar intervenções (Dimensões da influência) |
Monitorar e avaliar o uso ou aplicação do conhecimento (uso conceitual, instrumental, político/simbólico) |
Sustentar o uso e aplicação do conhecimento |
P1 Análise de implantação do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) |
- Necessidade de aprimoramento dos processos relacionados ao Monitoramento dos Eventos de Saúde Pública - Pesquisa foi determinante na identificação das fragilidades para a implantação do CIEVS, mesmo com o contexto político favorável - Metodologia replicável em avaliações dos demais componentes da rede Cievs |
- Desenho do modelo lógico foi consensuado com os usuários do conhecimento: secretário executivo, diretor, gerente, coordenador e técnicos que atuam no centro (Influência individual e interpessoal) - Compreensão do papel do centro pelas áreas técnicas, facilitando o reconhecimento e o entendimento do processo de trabalho (influência coletiva) |
- Estudo apresentado na “Mostra nacional de experiências bem-sucedidas em epidemiologia, prevenção e controle de doenças” (Expoepi), e nos eventos de emergências em saúde pública - Resultados discutidos nas reuniões técnicas da Secretaria Executiva - Divulgação em meio eletrônico para os envolvidos - Artigo científico não publicado |
- Instituição de reuniões mensais para adequação do processo de trabalho - Reformulação das reuniões do CAME, envolvendo mais áreas técnicas - Estabelecimento de uma agenda de educação permanente em serviço (Influência dos resultados, no fim do ciclo) |
- Incorporação do conhecimento na rotina de trabalho, a partir do modelo lógico desenhado (uso conceitual) - Feedback sistemático dos encaminhamentos do CAME às áreas técnicas para providências (uso instrumental) - Melhoria dos protocolos internos (uso político ou simbólico) |
- Uso e aplicação do conhecimento sustentados pela aceitação do modelo lógico como ferramenta de trabalho e pela manutenção do formato das reuniões do CAME |
P2 Avaliação da implantação dos Serviços de Verificação de Óbito (SVO) |
- Necessidade de fortalecimento organizacional da gestão; de implantação de um sistema de informações; de instituição de uma política de formação - Fragilidades encontradas no processo de trabalho classificaram os serviços em um nível parcial de implantação |
- Profissionais do serviço (médicos) e da gestão (diretora e técnicos) colaboraram na construção do modelo lógico (influência individual e interpessoal) - Convencimento da equipe de informática da importância da criação de um sistema informatizado (influência interpessoal) - Viabilização de recursos, por parte da gestão, para contratação e treinamento dos profissionais (influência coletiva) |
- Pesquisa apresentada em reuniões técnicas das equipes dos serviços - Artigo científico publicado - Relação com o novo gestor do serviço foi uma barreira para a utilização da avaliação |
- Instituição de cursos básicos de vigilância epidemiológica para os profissionais dos serviços (influência dos resultados, no fim do ciclo) - Reforço no quadro de recursos humanos - Implantação de sistema informatizado - Estabelecimento de parceria com universidade para utilização do serviço como campo de ensino (Influência dos resultados, em longo prazo) - Contratação pelo MS da coordenadora como consultora (influência não intencional) |
- Reorganização das atividades do serviço, a partir do modelo lógico, valorizando atividades não realizadas antes (uso conceitual) - Elaboração de instrutivos e POP (uso político ou simbólico) - Conhecimento utilizado em orientação de alunos de graduação e pós-graduação para a elaboração de trabalhos de conclusão de curso (uso político ou simbólico) |
- Uso e aplicação do conhecimento sustentados pela elaboração do protocolo e pela inclusão de novas atividades na rotina |
P3 Avaliação da cobertura do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) |
- Necessidade de conhecer a cobertura do SIM em um município de grande porte, considerando os fatores que podem prejudicar a qualidade dos dados (falta de informação ou mal preenchimento das DO, falhas na transmissão dos dados) - A cobertura correspondeu a 94,8% e o sub-registro de óbitos ao SIM foi de 5,2% - Nos cartórios de registro civil foram identificados 93% dos óbitos sub-registrados - Os óbitos localizados no IML foram os menos identificados pelo cartório |
- Disponibilidade das equipes para mudança do processo de trabalho, intensificando algumas ações (influência individual e interpessoal) - Pesquisador foi agente de mudança no fluxo da declaração de óbito (DO) do IML e dos óbitos domiciliares (influência interpessoal) |
- Pesquisa divulgada no seminário realizado na SES e na Expoepi - Artigo científico publicado - Pesquisa utilizada na formação de profissionais dos serviços de saúde estadual - Rotina do serviço é a barreira para utilização do conhecimento |
- Alteração do fluxo das DO emitidas pelo IML para que não ocorram atrasos na coleta e digitação ou extravios - Ampliação da busca ativa de DO nos cartórios de registro civil, cemitérios e serviços de saúde - Reestabelecimento dos mecanismos de controle e distribuição da DO, para evitar o desvio de fluxo (Influência dos resultados, no fim do ciclo) |
- Instituições envolvidas cumprindo o fluxo da informação reestabelecido (uso instrumental) - Manutenção da regularidade no envio do banco de dados dos óbitos das fontes de registro às Secretarias de Saúde (uso instrumental) |
- Uso sustentado pela manutenção das estratégias de busca ativa de DO e da mudança no fluxo da informação |
P4 Análise da implantação do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos |
- Necessidade de explicitação do modelo operacional do sistema de informações sobre natalidade - Importância da análise e divulgação das informações sobre natalidade de forma sistematizada, com periodicidade definida, agilidade, oportunidade e acessível aos usuários do sistema - Fragilidades relacionadas ao módulo de distribuição e controle dos formulários de DN - Insuficiente número de profissionais no manejo do sistema |
- Conhecimento apreendido com o desenho conjunto do modelo lógico possibilitou uma crítica mais refinada das inconsistências e duplicidades do sistema (influência individual e interpessoal) - Priorização do monitoramento do sistema e dos indicadores operacionais pela equipe justificada pela pesquisa (influência interpessoal) |
- Apresentação para os técnicos da SES (nível central e Geres) em aulas de pós-graduação - Publicado capítulo de livro - Descontinuidade do incentivo ao uso, diante das demandas do serviço |
- Elaboração do manual de Normas e Rotinas do sistema - Adequação de indicadores de cobertura para monitoramento estadual - Módulo de distribuição e controle do sistema utilizado de forma mais efetiva pelas Geres (Influência dos resultados, no fim do ciclo) - Remanejamento de um profissional para trabalhar o sistema (Influência dos resultados, em longo prazo) |
- Olhar ampliado para o sistema, a partir do desenho do modelo lógico (ML), identificando particularidades não percebidas antes (uso conceitual) - Desenho do ML da vigilância do óbito, com base no ML deste estudo (uso político ou simbólico) - Maior controle da distribuição de DN pelas Geres (uso instrumental) |
- Uso e aplicação sustentados com a elaboração e utilização do manual - Revisão do conhecimento realizada por duas técnicas do serviço durante a pós-graduação |
P5 Avaliação do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc) |
- Necessidade de um modelo de avaliação de sistemas de informações que explicitasse o encadeamento das suas atividades, estrutura e resultados esperados, no âmbito municipal - A não utilização do perfil epidemiológico para subsidiar a gestão, insuficiente monitoramento de indicadores e a carência de recursos físicos para os sistemas de informações foram entraves do contexto organizacional para a implantação do sistema |
- Adaptação do modelo lógico do sistema em âmbito estadual para o nível municipal (influência individual) - Apoio de gestores do sistema, desde a elaboração do projeto até a defesa e submissão às revistas científicas (influência interpessoal) |
- Apresentação à equipe da área técnica e para turmas de residência e mestrado; - Disponibilização de recortes da pesquisa em meio digital para os municípios que apresentavam alguma distorção na realização de atividades - Artigo submetido três vezes em revistas científicas e não aceito |
- Elaboração de um instrumento para avaliação normativa, em âmbito municipal, com base no questionário de coleta de dados da pesquisa (influência dos resultados, no fim do ciclo) |
- Utilização do modelo lógico para nortear as ações e monitorar periodicamente os indicadores do sistema (uso conceitual) - Utilização do instrumento na rotina de supervisão dos municípios pelas Geres e nível central da vigilância em saúde (uso instrumental) |
- Uso sustentado pelo perfil da equipe que possui profissionais formados em avaliação e que reconhecem a importância dos resultados da pesquisa - Realização de uma pesquisa-ação financiada pelo Ministério da Saúde, a partir do conhecimento gerado pela pesquisa |
P6 Avaliação de Desempenho da vigilância epidemiológica em uma regional de saúde |
- Necessidade de identificar as lacunas que travam o bom desempenho da vigilância epidemiológica em 4 funções (adaptação, alcance de metas, produção e manutenção de valores) - As funções que apresentaram o menor desempenho foram adaptação (produção de informação) e manutenção de valores (clima e cultura organizacional) |
- Aceitação do modelo de desempenho proposto pela pesquisadora/gerente, como modelo de gestão da regional, pela equipe (influência individual e interpessoal) - Disponibilidade da comissão intergestores regional (CIR) para mudança nos formatos das reuniões (influência coletiva) |
- Publicação de capítulo de livro - Falta de organização do tempo para compartilhar o conhecimento. |
- Implantação do modelo de gestão da Geres, com base no modelo de desempenho - Produção de informes, boletins e artigos científicos - Instituição do colegiado integrado (VS, AB e programas afins) e do Comitê de mortalidade materna (Influência dos resultados, no fim do ciclo) |
- Valorização dos aspectos relacionados à cultura e ao clima organizacional na rotina (uso simbólico ou político) - Contínuo direcionamento das ações de forma organizada e articulada com o modelo de desempenho (uso instrumental) |
- Uso sustentado pela utilização do modelo de desempenho como norte na gestão da Geres, porém a continuidade depende da nova gestora |
P7 Avaliação do desempenho da vigilância epidemiológica em 12 regiões de saúde |
- Necessidade de conhecer o desempenho da vigilância epidemiológica nas 12 Geres, a partir de um modelo multidimensional - Desempenho global regular, permitindo a compreensão das potencialidades e fragilidades, e de como essas podem influenciar nas relações funcionais das organizações - O contexto organizacional e ações como: notificação, investigação, processamento, análise de dados e disseminação da informação não fazem parte da rotina dos serviços, comprometendo a “informação para a ação” |
- Aquisição de capacidade para trabalhar estratégias de avaliação contínua, de acordo com o perfil de cada Geres (influência individual) - Parte dos usuários do conhecimento contribuiu na elaboração do modelo lógico regional (influência interpessoal) |
- Apresentação em turmas de pós-graduação e em um congresso - Não publicou artigo científico |
- Elaboração de um instrumento para avaliação normativa das Geres, com base no modelo de desempenho multidimensional (influência dos resultados, no fim do ciclo) |
- Ainda não houve uso e aplicação do instrumento elaborado |
Uso não sustentado e não avaliado |
P8 Avaliação de desempenho da Vigilância Epidemiológica das doenças transmissíveis com potencial risco para Emergência em Saúde Pública |
- Necessidade de conhecer as fragilidades e potencialidades das Geres para o alcance de um bom desempenho na resposta às emergências em saúde pública - Foram analisadas 4 funções do desempenho. O conjunto de indicadores relacionados às funções de adaptação e valores foi classificado como “aceitável” e “satisfatório”, enquanto que os relacionados ao alcance de metas e produção foram considerados “pouco aceitáveis” |
- Realização de novas atividades e revisão das atividades realizadas proporcionadas pelo aporte teórico do estudo (influência individual) - Profissionais da equipe contribuíram com a elaboração da estratégia metodológica do estudo (influência interpessoal) |
- O número de indicadores elencados nas funções adaptação e valores foi maior do que nas de alcance de metas e produção, o que pode ter causado uma melhor classificação naquelas funções - Os resultados divergentes do esperado e do que é observado na prática das Geres desmotivou o compartilhamento e o uso do estudo - A complexidade do modelo de avaliação do desempenho dificultou o uso |
Não houve aplicação do conhecimento que resultasse na seleção, adaptação ou implementação de intervenções |
Não houve uso do conhecimento pelos principais usuários do conhecimento, as Geres |
Uso não sustentado e não avaliado |
P9 Avaliação do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Dengue |
- Necessidade de conhecer a qualidade da informação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e do Sistema Gerenciamento Laboratorial, em período de epidemia de dengue - Um dos sistemas foi considerado oportuno, porém pouco sensível para detectar casos na epidemia - 38% dos casos cadastrados em um sistema não estavam inseridos no outro - O outro sistema classificado como inadequado, quando avaliadas as amostras com resultados negativos transportadas em tempo inoportuno ao laboratório |
- Mudança de postura com relação ao processo de trabalho dos municípios e Geres (influência individual e interpessoal) - Agente da adequação do envio das amostras ao Lacen, orientando sobre o período adequado (influência interpessoal) |
- Resultados apresentados para as Geres e municípios do estado - Resultados utilizados nas capacitações e nos informes epidemiológicos divulgados - A rotina da gestão contribuiu para a não priorização do compartilhamento com a comunidade científica |
- Adequação do período de envio das amostras ao Lacen (24h) ou não envio, evitando resultados falso-negativos - Capacitação dos profissionais das Geres e municípios, abordando qualidade da informação, adequação de amostras e consulta ao GAL - Utilização do GAL pela área técnica e geres como mais uma fonte de notificação de casos suspeitos de dengue (Influência dos resultados, no fim do ciclo) |
- Redução do envio de amostras pela sabida inoportunidade no tempo de transporte (uso instrumental) - Qualificação dos resultados das amostras enviadas em tempo oportuno (uso instrumental) - Consulta contínua ao GAL como ferramenta de captação de casos suspeitos (uso instrumental) |
- Uso e aplicação sustentados pela contínua qualificação das informações divulgadas, com o cruzamento dos dados do SINAN e do GAL . |
P10 Acidentes de Transporte Terrestre: Avaliando a implantação da vigilância sentinela |
- Necessidade de entender a operacionalização da vigilância dos ATT na sua integralidade - Capacidade operacional das unidades sentinelas para produção de informações úteis ainda inadequadamente explorada como subsídio às intervenções no nível regional - Falta de formalização de área técnica nas Geres - Confusão entre os papéis do Comitê Regional de Prevenção aos acidentes de moto e a vigilância de ATT |
- Técnicos e gestores da vigilância contribuíram com a elaboração/validação do modelo lógico da Vigilância Sentinela de ATT (influência individual e interpessoal) - Compreensão do papel da vigilância sentinela de ATT, desfazendo a sobreposição de papéis nos níveis de execução (influência coletiva) |
- Apresentação em turmas de especialização/ mestrado e compartilhada com os estudantes - Artigo científico não publicado - Contexto dinâmico do serviço e dificuldades pessoais do autor dificultaram o compartilhamento e uso |
- Publicação de portaria normatizando a Vigilância de ATT, com base no modelo lógico - Definição de um técnico de referência em cada Geres responsável pela vigilância de ATT |
- Vinculação de profissionais das Geres na vigilância de ATT (uso instrumental) - Utilização do ML pela equipe para subsidiar um Projeto de Qualificação das Unidades Sentinelas de Informação sobre Acidentes de Transporte Terrestre - USIATT (uso conceitual) |
- Uso sustentado pela aplicação do Projeto de Qualificação em 21 USIATT - Vinculação das referências técnicas nas Geres |