Detecção precoce do câncer de mama na mídia brasileira no Outubro Rosa

Assis, Mônica De; Santos, Renata Oliveira Maciel dos; Migowski, Arn

doi:10.1590/S0103-73312020300119

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TEMA LIVRE • Physis 30 (01) • 2020 • https://doi.org/10.1590/S0103-73312020300119 copiar

Detecção precoce do câncer de mama na mídia brasileira no Outubro Rosa

Breast cancer early detection in the Brazilian media during the Breast Awareness Month

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

O estudo objetivou analisar como a informação sobre detecção precoce do câncer de mama é apresentada na mídia brasileira durante o Outubro Rosa. Foram analisadas matérias jornalísticas publicadas na internet em outubro de 2017. A busca recuperou 1.011 matérias, que, organizadas e selecionadas, resultaram em 345 elegíveis. Os principais porta-vozes foram os mastologistas (17,1%) e os pacientes (13,0%), e os vínculos institucionais predominantes foram público (36%) e privado (34%). A detecção precoce foi o segundo tema mais frequente (55%), e o rastreamento mamográfico foi tratado em 79,1% dessas matérias. Predominou a recomendação de iniciar o rastreamento mamográfico na faixa etária de 40 anos (34,3%) comparada à de 50 anos (29,3%). A recomendação governamental de rastreamento bienal de 50 a 69 anos foi citada em 17,5% das matérias. Apenas 3,3% citaram os riscos do rastreamento e 1,5%, a importância da decisão compartilhada. Os sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama foram divulgados em 30% das matérias, e apenas 11,8% listaram todas as principais alterações. A carência de informações e a presença de recomendações inadequadas ou incompletas a respeito de faixa etária e periodicidade mostram o limite da campanha em disseminar informações baseadas nas melhores evidências.

Palavras-chave:
neoplasias da mama; detecção precoce de câncer; programas de rastreamento; mamografia; comunicação em saúde

Temas	Nº	%
Outubro rosa / ações de mobilização / ações solidárias	515	91,3
Detecção precoce	312	55,3
Incidência / mortalidade / outros aspectos epidemiológicos	281	49,8
Prevenção primária	140	24,8
Fatores de risco	94	16,7
Oferta ou deficit de serviços	86	15,2
Tratamento	65	11,5
Vivência de pacientes	53	9,4
Reconstrução mamária	28	5
Tecnologias diagnósticas	21	3,7
Divulgação institucional	21	3,7
Aspectos genéticos	13	2,3
Direitos das pacientes	11	2
Outros	32	5,7

Recomendações		Nº	%
Não especificou faixa etária e nem periodicidade		93	31,3
Faixa etária 50 anos e mais
	50 a 69 anos bienal	52	17,5
	50 a 69 anos, sem mencionar a periodicidade	17	5,7
	A partir dos 50 anos, sem mencionar periodicidade	11	3,7
	A partir dos 50 anos, anual	3	1,0
	A partir dos 50 anos, bienal	2	0,7
	50 a 69 anos anual	2	0,7
	Subtotal	87	29,3
Faixa etária 40 anos e mais
	A partir de 40 anos, anual	52	17,5
	A partir dos 40 anos, sem mencionar periodicidade	34	11,4
	40 a 69 anos, sem mencionar periodicidade	8	2,7
	40 a 69 anos anual	3	1,0
	40 a 69 anos bienal	3	1,0
	A partir de 40 anos bienal	2	0,7
	Subtotal	102	34,3
Faixa etária abaixo de 40 anos
	Aos 35 anos como base	2	0,7
	A partir dos 30 anos, sem mencionar periodicidade	1	0,3
	A partir dos 35 anos, anualmente	1	0,3
	Subtotal	4	1,3
Outras		11	3,7
Total		297	100

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[1] M. de Assis e R. O. M. dos Santos participaram de todas as etapas da pesquisa e da redação do artigo. A. Migowski participou da concepção, revisão metodológica e revisão do artigo.