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Comportamento da Haematobia irritans em fazendas com diferentes manejos de bovinos

Behaviour Haematobia irritans in herd cattle farms under different management

A dinâmica parasitária da Haematobia irritans foi estudada em três fazendas com diferentes tipos de manejo de bovinos mestiços na região de São Carlos, SP, as quais não utilizavam nenhum tratamento específico à mosca. O experimento consistuiu na contagem de mosca na região dorso-lombar a cada 14 dias no período de outubro de 1992 a outubro de 1994. Cada fazenda adotava um tratamento: T1 (Fazenda Ribeirão Bonito, verminose tratada com levamizole-Ripercol L injetável, carrapato com piretróide - Ectoplus "pouron" e berne com trichlorphon-Neguvon + óleo queimado, usotópico); T2(Fazenda São Carlos, verminose tratada com levamizole - Ripercol injetável, carrapato tratado com banho de imersão com formamidina - Triatox e berne com fenthion -Tiguvon "pour on") e T3 (Fazenda Santa Eudóxia - sem tratamento). Os dados de contagem da mosca-do-chifre (MC), na escala √(MC + 0,5), foram analisados em um modelo que incluiu além da média, os efeitos de tratamentos, ano, mês, período e as interações duplas, sendo que todos os efeitos diferiram entre si (P<0,01). Na escala original observou-se que a contagem nos meses de temperaturas mais elevadas (outubro a março), houve uma carga de 15,7 ± 36,4 moscas/animal, enquanto que nos meses de temperaturas mais baixas (abril a setembro) foi de 6,8 ± 23,6 moscas/animal. A média de infestação de moscas/animal diferiu (P< 0,01) entre os anos (92 = 4,8 ± 7,8; 93 = 8,8 ± 20,0; 94 = 16,6 ± 43,8) e entre fazendas (T1= 3,1 ± 9,7 ; T2 = 2,2 ± 13,7 e T3 = 26,0 ± 44,5), mostrando que o comportamento da mosca-do-chifre é irregular e acíclico. Observou-se ainda, uma eficiência (P<0,05) de 81,1% e 86,3% nos tratamentos T1 e T2, respectivamente, quando comparado com o tratamento T3.

bovino; mosca-do-chifre; comportamento; controle


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