No Nordeste em geral e, particularmente, no estado do Piauí, a ovinocultura é desenvolvida em sistemas tradicionais de exploração, verificando-se um baixo desenvolvimento ponderal dos animais, baixa eficiência reprodutiva e altas taxas de mortalidade das crias. Na ovinocultura, para ser economicamente bem sucedido, é essencial uma boa eficiência reprodutiva, além de uma alta taxa de sobrevivência das crias. Por este motivo, esta pesquisa avaliou a taxa de mortalidade de cordeiros da raça Santa Inês, do nascimento ao desmame (120 dias). O rebanho foi mantido em pasto nativo, com suplementação alimentar nos períodos críticos e submetido a dois sistemas de manejo: um parto/ano e três partos em dois anos. Avaliou-se a taxa de mortalidade, levando-se em conta o tipo de parto, o sistema de manejo adotado, o ano e a época de nascimento. A taxa geral de mortalidade foi de 15,18%. Nas crias nascidas de partos gemelares elevou-se para 24,74%, diferindo estatisticamente (P<0,01) em relação à taxa de mortalidade nos nascimentos simples. Ainda com relação aos nascimentos gemelares, o tipo de manejo animal adotado teve efeito significativo (P<0,05) na taxa de mortalidade, com maior taxa (29,74%) nas crias do sistema com três partos em dois anos. Observou-se maior taxa de mortalidade quando os nascimentos coincidiram com a época seca do ano.
ovinos; mortalidade; cordeiros; sistema de manejo