O objetivo do presente estudo consistiu em avaliar o impacto do nascimento de bebês extremamente prematuros (<1500g). Foram estudadas duas amostras de sujeitos: uma constituída por mães de recém-nascidos pré-termo e com muito baixo peso, hospitalizados em UTI-Neonatal e outra com 34 crianças de oito a dez anos nascidas pré-termo e com peso <1500g e 20 crianças nascidas a termo e com peso > 2500g. Os efeitos precoces da prematuridade foram identificados na análise de conteúdo das verbalizações maternas em 20 sessões de grupo de apoio durante a internação do bebê na UTIN. As crianças da fase escolar foram avaliadas pelos testes de Raven, Desenho da Figura Humana, Escala Comportamental Infantil A2 de Rutter e um questionário (mães). Os resultados mostraram as mães preocupadas com a sobrevivência e evolução dos bebês, com a separação devido à internação na UTIN e sentimento de incompetência em desempenhar seu papel. 49% das crianças da fase escolar evidenciaram inteligência média ou acima e 42% limítrofes; 18% apresentou deficiência auditiva; 82% estavam em escola regular. Problemas comportamentais verificados: agitação, impaciência, inquietude e agarramento à mãe.
Pré-termo; Baixo peso; Risco ao desenvolvimento