Este trabalho pretende problematizar o lugar marginal que a resistência pode vir a ocupar no campo psicanalítico, tomada como o que deve ser superado para a pretensa boa continuidade do processo de análise. Ao contrário desta perspectiva, indagamos se a resistência não poderia ser entendida como um espaço de produção subjetiva que, como tal, deve ser positivada. Nesse sentido, objetiva-se lançar mão de noções do campo da filosofia percorrendo algumas considerações de Deleuze a respeito do tema, para reconhecer na resistência não apenas um movimento de mero revide, mas uma afirmação primeira que traz a possibilidade efetiva de criação.
resistência; psicanálise clínica; cultura