As variáveis ecofisiológicas exercem grande influência, não somente no comportamento vegetativo das plantas cultivadas, mas sobretudo no seu desempenho em relação às características produtivas. Este trabalho verificou a resistência à difusão de vapor, as relações hídricas e o teor de clorofila em dois genótipos de gravioleira (Morada e Comum), sob condições naturais de cultivo. O estudo foi realizado num pomar comercial do município de Paudalho, PE, em duas épocas (setembro e dezembro de 1998). O delineamento estatístico foi o inteiramente casualizado com seis repetições para cada genótipo. De cada repetição foram selecionadas duas folhas sadias, completamente expandidas, localizadas no terço médio das copas e diretamente expostas à radiação solar. No horário de maior demanda evaporativa (entre 12 e 14 horas) mediram-se, durante três dias consecutivos para cada época, a transpiração (E), a resistência à difusão de vapor (Rs), a temperatura foliar (Tf), a tensão de água no xilema (psiw) e os teores de clorofila a e b. Verificaram-se mudanças no comportamento sazonal em relação às trocas gasosas, Yw e Tf entre os dois materiais genéticos estudados. Registraram-se correlações entre psiw e E e entre psiw e Tf. A umidade relativa do ar apresentou correlação com a Tf e com a Rs. A gravioleira Comum é mais eficiente fotossinteticamente por minimizar a degradação da clorofila b pela incidência da luz. Os genótipos de gravioleira Morada e Comum apresentaram comportamentos distintos em todos os parâmetros ecofisiológicos avaliados. O psiw constitui um bom parâmetro para aferição de diferenças genotípicas em gravioleira. Já a Rs deve ser utilizada como parâmetro para aferição de adaptação ambiental entre genótipos de gravioleira, em épocas de maior demanda evaporativa.
Annona muricata; transpiração; potencial hídrico; resistência difusiva; fotossíntese