Este relatório analisa a interseccionalidade como uma abordagem feminista com significante impacto nos discursos e debates durante o Fórum de ONGs e a Conferência Mundial Contra o Racismo, em Durban, África do Sul. O termo 'interseccionalidade' se refere às articulações entre a discriminação de gênero, a homofobia, o racismo e a exploração de classe. Falando do lugar de enunciação de mulheres de cor feministas situadas nos territórios geográficos dos Estados Unidos, as autoras enfatizam algumas questões-chave e tendências dos movimentos sociais que foram ignoradas pela mídia estadunidense. Alternativamente, o relatório examina como a introdução das 'intolerâncias correlatas' na agenda da Conferência permitiu discussões mais amplas sobre os efeitos da globalização no agravamento do racismo e sobre as múltiplas opressões com relação à orientação sexual e aos direitos sexuais. As autoras argumentam que uma insistência na significância do gênero e da raça, bem como da classe, no contexto do capitalismo neo-liberal, coloca novas e importantes coordenadas nos mapas do feminismo transnacional e do crescente movimento anti-globalização.
interseccionalidade; gênero; racismo; sexualidade; globalização; feminismo transnacional