Na produção bibliográfica existente, constata-se uma lacuna no que diz respeito à participação feminina nas (sub)culturas juvenis. Será que jovens-adolescentes do sexo feminino constituem uma minoria no movimento hip hop ou em outras manifestações culturais como as galeras ou gangues? O presente artigo questiona a ausência de estudos sobre jovens-adolescentes do sexo feminino, tanto nos trabalhos sobre juventude como nos estudos feministas, destacando a necessidade de pesquisas voltadas para a compreensão das ações juvenis em seus contextos específicos. Com base em dados empíricos sobre jovens-adolescentes negras e jovens de origem turca pertencentes ao movimento hip hop nas cidades de São Paulo e Berlim, discute ainda a luta pela conquista de espaço e de reconhecimento nesse movimento cultural de predominância masculina.
juventude e gênero; culturas juvenis; estudos feministas; pesquisa qualitativa