Este trabalho apresenta um ensaio de análise desenvolvido numa pesquisa que investigou relações de gênero nas práticas de numeramento das/os alunas/os da Educação de Pessoas Jovens e Adultas (EJA). Na tentativa de compreender como essas relações, pautadas nas diferenças de gênero, constituem-se nas práticas de numeramento e constituem tais práticas, adotamos o conceito de gênero como uma categoria de análise, transitando pelas teorizações foucaultianas relativas ao discurso. Assumindo contribuições do campo da etnomatemática, problematizamos a racionalidade de matriz cartesiana como produtora de verdades sobre mulheres, homens e matemática. Neste artigo, descrevemos o enunciado "Homem é melhor em matemática do que mulher", identificado como produtor do discurso da superioridade masculina em matemática.
gênero; matemática; numeramento; discurso; Educação de Pessoas Jovens e Adultas