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“Como cheguei a ser o que sou”? Uma estética da torção em filmes das décadas de 60 e 70

Resumo

O artigo analisa as potencialidades políticas e teóricas da linguagem cinematográfica com enfoque nos modos como expressa e recria a relação entre sexualidade e diferenças de gênero. Na qualidade de produtos culturais, os três filmes analisados – A Casa Assassinada (1972), Sunday, Bloody Sunday (1971) e Les Amitiés Particulières (1964) aludem à questões feministas da época, bem como instigam uma leitura para além das narrativas, pois imprimem uma perspectiva histórica à visualidade do corpo feminino, à heteronormatividade, aos amores imprecisos, indecisos e, por vezes, proibidos. O argumento do texto, a partir de uma perspectiva queer, é de que a ousadia estética que forjou o cinema de torções, dentro dos limites de cada estilo e época, foi justamente a de não fazer concessões políticas ao tratar de temas que desafiavam os cânones morais da sociedade vigente.

Palavras-chave
feminismo; estudos fílmicos; cinema queer; estética da torção

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