Resumo:
A obra de estreia de Carolina Maria de Jesus, Quarto de despejo, foi sucesso de público, embora suas obras seguintes tenham sido envoltas por um silêncio profundo no Brasil. Buscando situar esse silêncio na problemática que diz respeito à figura de uma escritora “pobre, negra e mulher”, pretendo reler seus primeiros diários e sugerir certos aspectos de seu fecundo trabalho com a linguagem, demonstrando a existência de um processo poderoso e emancipatório de subjetivação, ainda que não isento de ambiguidades.
Palavras-chave:
teoria literária; escrita de si; desconstrução; literatura brasileira; Carolina Maria de Jesus