Resumo:
A constante presença do corpo nas narrativas de aids (e a consequente problematização do seu status ontológico) é apenas uma recorrência temática, ou estaria ligada a processos metafóricos e alegóricos que apontam para uma discussão para além da corporeidade humana? Mais do que isso, constantes em todas as narrativas de aids são a urdidura que confronta, simultaneamente, uma micropolítica do desejo, relacionada ao exercício ascético com a construção do si mesmo através da dicção literária (não raro extrapolando os limites entre ficção e biografia), e uma preocupação com os compromissos do discurso literário com a vida política e social de seus respectivos países de origem.
Palavras-chave:
narrativas de aids; metáfora/alegoria; corpos infectados