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Apontamentos para o debate sobre o pleno emprego no Brasil* * Os autores agradecem à economista Julia de Medeiros Braga (UFF) pela ajuda na elaboração do exercício econométrico e de outras partes do texto, eximindo-a, porém, de eventuais imprecisões ainda remanescentes.

Observations on the debate on full employment in Brazil

RESUMO

Este artigo analisa a evolução dos indicadores de emprego e de desemprego na economia brasileira desde o início dos anos 2000 até os dados referentes a 2012, tomando como referências teóricas a formulação de Keynes sobre o desemprego involuntário e também os estudos sobre a dinâmica das relações entre setor formal e setor informal dos mercados de trabalho formulados por autores ligados ao Prealc. O artigo apresenta um exercício econométrico (que teve por base a função emprego de Keynes explicada pelo Princípio da Demanda Efetiva) que revela que o crescimento do emprego é uma função positiva do crescimento econômico. Dados adicionais mostram que, a despeito do crescimento da ocupação e da formalização do emprego ocorrida no período, com consequente queda da taxa de desemprego para patamares historicamente baixos, a economia brasileira não conseguiu, segundo as referências teóricas adotadas, atingir o pleno emprego ao final do período analisado, devido à persistência de parcela expressiva de mão de obra subutilizada no mercado de trabalho.

Palavras-chave:
Pleno emprego; Mercado de trabalho brasileiro; Taxa de desemprego no Brasil; Setor informal; Demanda efetiva em Keynes

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