Resumo
O artigo trata das concepções de David Hume e de Adam Smith sobre o ressurgimento da sociedade comercial na Europa após o feudalismo. Parte-se de breve exposição dos princípios filosóficos de Hume a fim de se apresentar suas teses referentes ao assunto na obra History of England. Mostra-se como ele associa o movimento parlamentar pela liberdade na Inglaterra com o progresso do comércio ocasionado pelo consumo de luxo da nobreza. Posteriormente, revisa-se a posição de Smith sobre os obstáculos à riqueza, bem como sua explicação para a decadência das civilizações grega e romana. Evidencia-se ainda como a interpretação smithiana do advento da sociedade comercial moderna apoia-se na versão antecipada por Hume. Por fim, destacam-se as implicações do conflito central entre predação e produção presente nas teorias do desenvolvimento de longo prazo da humanidade elaboradas por ambos os autores.
Palavras-chave:
Riqueza; Barbárie; Comércio; Liberdade; Civilização