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Por que a economia brasileira não cresce dinâmica e sustentavelmente? Uma análise kaleckiana e keynesiana* 1 Não é demais lembrar que antes do PR a inflação mensal se encontrava ao redor de 50%, ao passo que entre julho de 1994, quando o real foi criado como moeda de curso legal, e dezembro de 2014, a inflação média anualizada brasileira foi da ordem de 7,9%. Taxa calculada pelos autores tendo como base as informações estatísticas do Ipeadata (2015).

Why does the Brazilian economy not grow in a dynamic and sustainable way? A Kaleckian and Keynesian analysis

Resumo

Este artigo examina a relação, para a economia brasileira, entre a formação bruta de capital fixo e o crescimento econômico. Tendo como referência as teorias keynesianas e kaleckianas, procura-se entender porque a economia brasileira, a despeito da estabilização monetária alcançada com o Plano Real, se encontra estagnada desde os anos 1990. As evidências empíricas mostram uma elevação do investimento por um curto intervalo nos últimos anos, mas em níveis insuficientes para dinamizar o crescimento econômico e ampliar a relação investimento/PIB. A análise econométrica apresenta resultados compatíveis com as interpretações teóricas e aponta para algumas barreiras importantes para o investimento, como as taxas reais de juros elevadas.

Palavras-chave:
Teoria do investimento; Crescimento econômico; Economia brasileira; Teoria kaleckiana; Teoria keynesiana

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