Punção arterial/ venosa (coleta de exames, cateter central de
inserção periférica, teste do pezinho, punção periférica) |
Oferecer glicose a 25% (via oral lento) ou gotas de leite materno, de
dois a três minutos antes, durante e após o procedimento. |
A revisão do Cochrane Group 14 mostra redução significativa dos indicadores
de dor quando a glicose foi usada como analgésico em RN prematuros e a
termos submetidos à coleta de sangue.4 A glicose oral é amplamente
usada, pois se acredita que ocorra a ativação das papilas gustativas da
porção anterior da língua, levando à liberação de opioides endógenos.2Ao
investigar a eficácia do leite e seus componentes no alívio da dor, durante
e após o procedimento de punção do calcâneo, constatou-se que a sacarose
e o Similac (fórmula especial do leite) reduziram as manifestações de
dor durante e após o procedimento.17-18
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Realizar a contenção do RN durante o procedimento. |
A "contenção facilitadora" (colocação das mãos paradas, sem
pressão excessiva, de forma elástica, contendo a cabeça as nádegas e os
membros) demonstrou ser um meio efetivo para confortar o RNs pré-termo
durante a punção de calcanhar.3A contenção é uma medida que
favorece a auto-organização e sugere um prolongamento do ambiente intrauterino,
a partir de uma organização postural e da sensação de segurança. É a promoção
de um conforto efetivo, em que se atenuam respostas psicológicas e comportamentais
de dor em neonatos.3,18
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Promover o contato pele a pele. |
O contato pele a pele antes, durante e três minutos após o procedimento,
acalma os bebês, fazendo com que chorem menos durante a realização do
procedimento e apresentem expressão facial mais tranquila durante e após
o procedimento. Este achado parece ser explicado pela liberação de opioides
endógenos, levando a uma ação analgésica.2
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Estimular a sucção nutritiva (quando a mãe estiver na unidade, o RN pode
ser colocado no seio materno) e/ou estimular a sucção não nutritiva em
RN que não podem sugar. |
A sucção não nutritiva parece ser de grande utilidade na organização
neurológica e emocional do RN após a agressão sofrida.2 Um
estudo de revisão integrativa19 identificou a eficácia da sucção
não nutritiva na redução da dor de RN submetidos a procedimentos dolorosos.A
administração de leite ou amamentação deve ser utilizada para o alívio
da dor nos neonatos submetidos a procedimentos dolorosos.20Para
as dores agudas provocadas por procedimentos menores (punção venosa, punção
de calcanhar, coleta de sangue, aspiração, entre outros), as estratégias
não farmacológicas devem ser consideradas. São elas: sucção ao seio materno,
uso de solução adocicada oral (glicose ou sacarose), sucção não nutritiva,
contato pele a pele e estimulação multisensorial,21 cujas eficácias,
em curto prazo, e boa tolerância, são reconhecidas.19
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Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP)
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Instilar 1 gota de soro fisiológico 0,9% nas narinas antes de colocar
a pronga ou lubrificar a pronga com vaselina. |
As lesões nasais em neonatos, pelo uso inadequado de pronga, variam de
simples hiperemia da mucosa nasal, sangramento, formação de crostas, necrose
até a destruição total da parte anterior do septo (columela) e septo nasal.
Sendo assim, é importante que os profissionais de saúde levem em consideração
o tamanho adequado da pronga, de acordo com o peso e o posicionamento.
Uma pronga bem posicionada é aquela que não deforma as fácies do neonato
e sua ponte não encosta no septo nasal, além de não permitir a movimentação
desse dispositivo dentro das narinas. Portanto, o tamanho e fixação inadequada
da pronga são fatores essenciais para efeito não benéfico e formação de
lesões, principalmente em relação às prongas menores, pelo fato delas
mesmas não se encaixarem perfeitamente nas narinas dos neonatos, acarretando
fricção do dispositivo no interior das narinas, além de favorecer o escape
de ar. No intuito de proporcionar alívio e prevenir lesões, empregam-se
proteções de narinas adesivas, como esparadrapo comum, fitas hipoalergênicas
e placas de hidrocoloide, utilizadas anteriormente às narinas, para evitar
a fricção direta da pronga com a columela e o septo.22
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Utilizar proteção dupla com hidrocoloide grosso em "T" ou um
protetor tipo "focinho de porco". |
Fixar adequadamente as traqueias, evitando que a pronga fique "dançando". |
Realizar massagem no septo nasal a cada oito horas. |
Fixação de sonda orogástrica (SOG) e nasogástrica (SNG)
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Realizar a fixação do "tipo gatinho" por duas pessoas. |
A fixação tipo "gatinho" libera o músculo orbicular dos lábios,
deixando-o livre e facilitando a sucção no peito. Em uma avaliação da
gengiva dos bebês observa-se a ausência de fissura do alvéolo dentário. |
Sempre proteger a pele com hidrocolóide fino. |
Um dos aspectos fundamentais do cuidado de enfermagem neonatal é a preservação
da integridade da pele dos RNs.23
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Aspiração de tubo orotraqueal (TOT) e vias aéreas superiores (VAS)
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Realizar o procedimento sempre por duas pessoas, mesmo em sistema fechado. |
Os profissionais devem atuar em conjunto durante os procedimentos, tomando
a precaução de deixar uma pessoa dando suporte contínuo ao RN (podendo
ser o pai ou a mãe), sendo cautelosos durante os cuidados e mantendo todas
as interações dentro da tolerância do RN.3
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Certificar-se da medida do tubo antes da aspiração. |
A marcação do cateter deverá corresponder ao comprimento da cânula traqueal,
evitando que a ponta do cateter ultrapasse os limites da cânula e traumatize
a mucosa.Realizar ausculta pulmonar bilateral para evitar aspiração seletiva.Verificar
a posição do tubo orotraqueal.Checar a sua fixação, evitando deslocamento
do tubo e lesão da pele.24
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Manter proteção ocular do RN durante a aspiração. |
Para evitar queda de secreção nos olhos do RN e minimizar o risco de
conjuntivite bacteriana. |
Punção lombar
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1. Realizar a contenção do RN durante o procedimento. |
A contenção é uma medida que favorece a auto-organização e sugere um
prolongamento do ambiente intrauterino, a partir de uma organização postural
e da sensação de segurança. É a promoção de um conforto efetivo, em que
se atenuam respostas psicológicas e comportamentais de dor em neonatos.3,18
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