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Serviço de atendimento móvel de urgência: o trabalho na vitrine

O presente estudo teve como objetivo discutir como a visibilidade se constitui em um dispositivo de poder, na prática cotidiana do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Foi realizado um estudo de caso qualitativo, cujos dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas, com 31 trabalhadores do SAMU (cinco médicos, 11 enfermeiros, sete auxiliares de enfermagem e oito condutores) e submetidos à análise do discurso. Com a análise das relações de poder no SAMU, percebe-se não haver, na estrutura organizacional, uma única fonte da qual emana o poder. O poder é exercido através de diversas técnicas e suas fontes são esparsas, difusas, intercambiáveis e, até mesmo, confusas. Apesar da estrutura hierárquica formalmente estabelecida, forma-se uma rede paralela a essa estrutura. Percebe-se, também, que a visibilidade gerada pela comunicação, via rádio, proporciona uma vigilância constante, que acaba por gerar tensões dentro da equipe de trabalho.

Poder; Prática profissional; Relações interpessoais; Serviços médicos de emergência


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