RESUMO
Objetivo:
conhecer a experiência masculina acerca da prisão preventiva por violência conjugal.
Método:
trata-se de um estudo qualitativo, exploratório-descritivo, com 23 homens em processo por violência conjugal junto à 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. A coleta se deu por meio de entrevistas semiestruturadas e grupo focal, entre maio e dezembro de 2015. Os dados foram organizados a partir do Discurso do Sujeito Coletivo e software NVIVO® 11.
Resultados:
os homens experienciaram a prisão preventiva por um tempo que variou entre 15 e 90 dias. As ideias centrais emergidas foram: Sentindo-se injustiçado e revoltado pela prisão; Reconhecendo sua conduta violenta; Aspirando por relações livres de violência.
Conclusão:
os achados apontam que é comum nos relacionamentos conjugais a naturalização da violência e sinalizam a importância do apoio social no processo de reflexão desse relacionamento. Soma-se a necessidade de articulação entre diversos setores envolvidos no processo criminal de homens por violência conjugal a fim de reeducar e ressocializar o autor da agressão.
DESCRITORES:
Violência contra a mulher; Violência por parceiro íntimo; Masculinidade; Saúde do homem; Políticas públicas