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VIGILÂNCIA POR PISTAS OU RETROSPECTIVA? QUAL O IMPACTO NA NOTIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO EM CIRURGIA CARDÍACA1 1 Artigo extraído da dissertação - Fatores determinantes da infecção do sítio cirúrgico em pacientes submetidos a cirurgias de revascularização do miocárdio e de implantes de válvulas cardíacas, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2017.

VIGILANCIA POR PISTAS O RETROSPECTIVA? CUAL IMPACTO EN LA NOTIFICACIÓN DE LAS INFECCIONES DEL SITIO QUIRÚRGICO EN CIRUGÍA CARDÍACA

RESUMO

Objetivo:

avaliar o impacto das infecções do sítio cirúrgico notificadas pela vigilância por pistas comparadas àquelas detectadas pela avaliação retrospectiva do prontuário do paciente.

Método:

estudo epidemiológico e de reflexão conduzido em um hospital de grande porte, público, universitário.

Resultados:

a coleta dos dados ocorreu por meio de registros das notificações por pistas, realizada pela comissão de controle de infecção e por análise dos prontuários dos pacientes submetidos às cirurgias cardíacas entre os anos de 2011 e 2014. O diagnóstico da infecção do sítio cirúrgico seguiu os critérios definidos pelo National Healthcare Surveillance Network do Centers Disease Control. Os dados foram analisados no programa Epi-info® 6.4, por estatística descritiva. Foram analisados 294 pacientes submetidos a cirurgias cardíacas pela vigilância por pistas e 195 por revisão de prontuário. Notificaram-se 17 (65,9%) infecções do sítio cirúrgico superficiais; uma (3,8%) profunda; oito (30,8%) de órgão/cavidade na vigilância por pistas; 25 (69,4%) incisionais superficiais; dois (5,6%) profundas e nove (25%) de órgão/cavidade na revisão de prontuários. O impacto da vigilância por prontuários foi de 38,4% (36/26) em relação à vigilância por pistas.

Conclusão:

a vigilância por prontuários, apesar de sua reconhecida limitação, contribuiu, de forma importante, para se conhecer, de fato, as taxas de infecção do sítio cirúrgico. Sugere-se, aos serviços de investigação das infecções do sítio cirúrgico, repensar os métodos adotados para vigilância e, sobretudo, validar as taxas obtidas sob diferentes perspectivas que lhe sejam possíveis.

DESCRITORES:
Infecção da ferida cirúrgica; Vigilância epidemiológica; Serviços de vigilância epidemiológica; Enfermagem

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