RESUMO
Objetivo:
analisar a identidade transexual feminina e a emergência pelo transfeminismo mediante o contexto de vulnerabilidade ao HIV/aids à luz da Teoria Queer.
Método:
estudo qualitativo, descritivo, exploratório, fundamentado na Teoria Queer, realizado em um Hospital de referência para HIV/aids do estado de Pernambuco, desenvolvido com seis mulheres transexuais jovens. As entrevistas realizadas foram analisadas no software IRaMuTeQ pelo método da análise de similitude.
Resultados:
ressalta-se a relação de dominação masculina mediante a subordinação da mulher transexual, que tem origem no modelo heteronormativo binário, sexista e machista. Evidencia-se o contexto de vulnerabilidade ao HIV/aids como um fenômeno naturalizado de violência à mulher “queer” jovem, sobretudo com condições precárias de vida, histórico de rejeição familiar, violência sexual e trabalho informal na prostituição. A falta de suporte da rede social e o risco iminente à violência transfóbica resultam em danos à sua integridade física e psíquica. Observou-se as seguintes categorias: Emergência por Transfeminismo mediante a violência simbólica e Identidade transexual feminina e o contexto de vulnerabilidade.
Conclusão:
os impactos sociais da política de estado mínimo, coesão das classes sociais (binarismo, sexismo, racismo e machismo), capital social desigual e cultura de abjeção à mulher transexual, reflete o contexto de acometimento pela epidemia do HIV/aids e desigualdades que resultam na vulnerabilidade individual, contextual e programática e nos fatores limitantes para o alcance da vida saudável.
DESCRITORES:
Infecções por HIV; Pessoas transgênero; Adaptação psicológica; Saúde pública; Enfermagem