RESUMO
Objetivo:
verificar os fatores associados à prática do contato pele a pele com amamentação na primeira hora de vida e sua influência no aleitamento materno exclusivo no primeiro mês.
Método:
estudo transversal, retrospectivo, com prontuários de um ambulatório especializado em aleitamento materno em São Paulo, Brasil. Fizeram parte da amostra todos os prontuários das duplas mãe-filho que passaram em consulta com enfermeiras entre os anos de 2004 e 2010. A coleta de dados nos prontuários ocorreu entre 2014 e 2015.
Resultados:
identificaram-se 1.030 prontuários, 71 foram excluídos e a amostra final foi de 959. A prevalência do contato pele a pele com amamentação na primeira hora foi de 37,2%. A nota do Apgar entre 8 e 10 no 1º minuto de vida e o maior peso ao nascimento do recém-nascido foram fatores protetores do contato com a amamentação precoce; já a menor idade materna e os partos cesárea e fórceps foram fatores de risco para esta prática. O aleitamento materno exclusivo foi estatisticamente maior no grupo dos recém-nascidos que realizaram o contato com a amamentação na primeira hora, no entanto, não houve associação com o tempo de aleitamento materno exclusivo.
Conclusão:
as boas condições de nascimento da criança foram fatores protetores para a realização do contato pele a pele com amamentação na primeira hora, enquanto a menor idade materna e os partos cirúrgicos demonstraram-se como fatores de risco. O aleitamento materno exclusivo no primeiro mês de vida da criança não esteve associado ao contato e amamentação precoce.
DESCRITORES:
Aleitamento materno; Período pós-parto; Recém-nascido; Parto; Promoção da saúde; Enfermagem obstétrica