RESUMO
Objetivo:
analisar a relação de preditores sociodemográficos, morbidades, escore do indicativo de depressão, bem como o papel mediador da religiosidade, espiritualidade e crenças pessoais sobre a qualidade de vida.
Método:
estudo transversal realizado, entre março a julho de 2016, com 613 idosos, aplicando-se instrumentos Spirituality, Religiousness and Personal Beliefs of World Health Organization Quality of Life questionnaire, Brief version of World Health Organization Quality of Life questionnaire e World Health Organization Quality of Life Assessment for Older Adults. Na análise de dados, por meio do Statiscal Package for Social Sciences, utilizou-se frequência absolutas e relativas, medidas de tendência central e variabilidade e a modelagem com equações estruturais, envolvendo construtos latentes exógenos e endógenos para evidenciar o papel mediador da religiosidade, espiritualidade e crenças entre o indicativo de depressão e a qualidade de vida (p≤0,005).
Resultados:
prevaleceu o sexo feminino, 60┤70 anos, casados, 4├7 anos de estudo, renda de um salário mínimo, 6,16±3,70 morbidades e média de 3,84±3,01 do indicativo de depressão. O maior escore foi para a faceta conexão com ser ou força espiritual, domínio Relações sociais e faceta Intimidade; já o menor escore foi para a faceta Totalidade e integração, domínio Meio ambiente e faceta Morte e morrer. Houve uma função mediadora da religiosidade, espiritualidade e crenças pessoais, entre o escore do indicativo de depressão e a qualidade de vida.
Conclusão:
faz-se necessário investir na prática da religiosidade, espiritualidade e crenças pessoais, como estratégia na saúde, uma vez que demonstraram impacto na diminuição do indicativo de depressão e aumento significativo da qualidade de vida.
DESCRITORES:
Saúde do idoso; Religião; Espiritualidade; Depressão; Qualidade de vida