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Aspectos psicossociais do trabalho e distúrbio musculoesquelético em trabalhadores de enfermagem

Este estudo objetivou avaliar a associação entre demandas psicológicas e controle sobre o trabalho e a ocorrência de distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores de enfermagem. Trata-se de estudo transversal, envolvendo 491 trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário do Rio Grande do Sul, Brasil. Utilizaram-se versões brasileiras do Nordic Musculoskeletal Questionnaire e do Job Content Questionnaire. Dos participantes, 96,3% referiram dor em alguma região do corpo no último ano, 73,1% nos últimos sete dias e 65,8% relataram dificuldade nas atividades diárias. As chances de dor nos ombros (OR=1,97; IC95%=1,07-3,64), na coluna torácica (OR=1,83; IC95%=1,02-3,35) e nos tornozelos (OR=2,05; IC95%=1,05-4,02) foram maiores no quadrante de trabalho em alta exigência quando se comparou ao de baixa exigência, após ajuste por potenciais fatores de confusão. Faz-se necessária a adoção de medidas interventivas na estrutura organizacional, redimensionando os níveis de demanda e de controle no trabalho.

Trabalho; Enfermagem; Saúde do Trabalhador; Transtornos Traumáticos Cumulativos; Doenças Profissionais


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