Ensino da estratégia Atenção Integrada às Doenças
               Prevalentes na Infância na graduação em enfermagem

Fujimori, Elizabeth; Higuchi, Cinthia Hiroko; Cursino, Emília Gallindo; Veríssimo, Maria De La Ó Ramallo; Borges, Ana Luiza Vilela; Mello, Débora Falleiros de; Nascimento, Lucila Castanheira; Behn, Verónica; Wilson, Lynda Law

doi:10.1590/S0104-11692013000300002

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Revista Latino-Americana de Enfermagem

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Sumário

• Rev. Latino-Am. Enfermagem 21 (3) • Jun 2013 • https://doi.org/10.1590/S0104-11692013000300002 copiar

Ensino da estratégia Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância na graduação em enfermagem¹ 1 Apoio financeiro do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), processo nº 479475/2010-5.

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

OBJETIVO:

descrever e analisar o ensino da Estratégia Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância, praticado na graduação em enfermagem no Brasil.

MÉTODO:

estudo transversal que integrou pesquisa internacional. Foram convidados a acessar o questionário eletrônico 571 cursos de graduação identificados no país. A coleta de dados foi realizada de maio a outubro de 2010.

RESULTADOS:

responderam ao questionário 142 cursos, sendo 3/4 (três quartos) privados, com algumas diferenças do ensino entre as instituições públicas e privadas. A estratégia Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância integrava o conteúdo teórico de 64% dos cursos e o conteúdo prático de 50%. Unidades básicas de saúde eram os locais mais usados para ensino prático. O módulo tratamento era o menos ensinado e poucos cursos possuíam os manuais da estratégia. Todos utilizavam provas para avaliação, mas a participação em aulas era mais considerada nas privadas. Houve diferença somente quanto à capacitação docente na estratégia, com maioria nas instituições públicas.

CONCLUSÃO:

apesar da relevância da estratégia Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância no cuidado à criança, seu conteúdo não é abordado em todos os cursos de graduação e constatam-se falta de capacitação docente e de material didático.

Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância; Saúde da Criança; Enfermagem; Educação Superior

Regiões brasileiras	Cursos de graduação em enfermagem
Regiões brasileiras	N	n	%
Sul	101	37	36,6
Sudeste	251	63	25,1
Centro-Oeste	64	16	25,0
Nordeste	122	24	19,7
Norte	33	2	6,0
Total	571	142	100,0

Ensino teórico		Instituições públicas			Instituições privadas			Total
Ensino teórico		N	n	%	N	n	%	N	n	%
Incorporação da AIDPI		33	23	69,7	98	61	62,2	131	84	64,1
Estratégia de ensino
	Aulas teóricas	22	22	100,0	60	60	100,0	82	82	100,0
	Estudos de caso	17	16	94,1	53	52	98,1	70	68	97,1
	Busca bibliográfica	16	14	87,5	47	39	83,0	63	53	84,1
	Estudo em grupo	14	11	78,6	52	44	84,6	66	55	83,3
	Estudo individual	14	11	78,6	44	36	81,8	58	47	81,0
	Seminários	11	7	63,6	46	35	76,1	57	42	73,7
	Vídeos	14	10	71,4	48	33	68,8	62	43	69,4
Estratégias de avaliação
	Prova teórica	19	19	100,0	54	54	100,0	73	73	100,0
	Participação em aulas teóricas^* * p<0,05 (teste exato de Fisher)	17	14	82,4	55	55	100,0	72	69	95,8
	Estudos de caso	18	16	88,9	56	53	94,6	74	69	93,2
	Trabalho em grupo	15	11	73,3	51	47	92,2	66	58	87,9
	Trabalho individual	11	9	81,8	48	38	79,2	59	47	79,7

Ensino prático		Instituições públicas			Instituições privadas			Total
Ensino prático		N	n	%	N	n	%	N	n	%
Incorporação da AIDPI		32	18	56,3	93	45	48,4	125	63	50,4
Atividades práticas
	Avaliação geral	18	18	100,0	44	44	100,0	62	62	100,0
	Perguntas ao cuidador	18	18	100,0	44	44	100,0	62	62	100,0
	Orientação sobre cuidados gerais	17	17	100,0	44	44	100,0	61	61	100,0
	Orientação do tratamento	17	17	100,0	42	41	97,6	59	58	98,3
	Classificação dos problemas^* * p<0,05 (teste exato de Fisher)	17	14	82,4	44	44	100,0	61	58	95,1
	Determinação do tratamento	17	15	88,2	41	30	73,2	58	45	77,6
	Realização do tratamento	16	9	56,3	40	29	72,5	56	38	67,9
Locais de ensino
	Unidades de Saúde da Família	16	16	100,0	43	39	90,7	59	55	93,2
	Unidades Básicas de Saúde	16	15	93,8	39	36	92,3	55	51	92,7
	Hospitais	11	9	81,8	37	35	94,6	49	40	81,6
	Creche ou pré-escola^* * p<0,05 (teste exato de Fisher)	12	7	58,3	37	33	89,2	49	40	81,6
	Domicílios	12	10	83,3	36	27	75,0	48	37	77,1
	Ambulatórios	12	8	66,7	31	20	64,5	43	28	65,1
	Centros de referência	8	3	37,5	30	20	66,7	38	23	60,5
	Pronto atendimento	11	5	45,5	28	15	53,6	39	20	51,3
	Centros comunitários	8	2	25,0	30	17	56,7	38	19	50,0
Estratégias de avaliação
	Participação em atividades práticas	18	17	94,4	54	50	92,6	72	67	93,1
	Interação dos alunos na prática	15	15	100,0	53	47	88,7	68	62	91,2

Caracterização dos recursos	Instituições públicas			Instituições privadas			Total
Caracterização dos recursos	N	n	%	N	n	%	N	n	%
Tem docente capacitado^* * p<0,05 (teste exato de Fisher)	33	21	63,6	104	33	31,7	137	54	39,4
Instrutor capacitado (campo)	32	4	12,5	101	15	14,8	133	19	14,3
Há manual da AIDPI nas bibliotecas	31	8	25,8	98	29	29,6	129	37	28,7
Docente pesquisando sobre saúde infantil	33	15	45,4	104	39	35,7	137	54	39,4
Interesse no manual	32	32	100,0	105	103	98,0	137	135	98,5

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E-mail: rlae@eerp.usp.br

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[1] Endereço para correspondência: Elizabeth Fujimori Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 419 Bairro: Cerqueira César CEP: 05403-000, São Paulo, SP, Brasil E-mail: efujimor@usp.br

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