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Barreiras de acesso a tratamento para mães com depressão pós-parto em centros de atenção primária: um modelo preditivo1 1 Apoio financeiro da Iniciativa Científica Milenio, Chile, processo nº IS130005 e do Fondo Nacional de Desarrollo Científico y Tecnológico, Chile, processo nº 1130230.

Objetivo

desenvolver um modelo preditivo para avaliar os fatores que modificam o acesso a tratamento para a DPP.

Métodos

estudo prospectivo com mães que participaram do acompanhamento da saúde da criança em centros de atenção primária. Na avaliação inicial e durante 3 meses, foram registrados: dados sociodemográficos, gineco-obstétricos, dados sobre o uso dos serviços, sintomas depressivos de acordo com a Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS) e qualidade de vida de acordo com o Questionário de Saúde SF-36. O diagnóstico de depressão foi feito com o MINI. Foram acompanhadas as mães que tinham DPP na avaliação inicial.

Resultados

foi construído um modelo estatístico para determinar os fatores que impediram o acesso a tratamento, constituído por: item 2 da EPDS (OR 0,43, IC95%: 0,20-0,93) e 5 (OR 0,48, IC95%: 0,21-1,09), e história prévia de tratamento para depressão (OR 0,26, IC95%: 0,61-1,06). Área sob a curva ROC para o modelo=0,79; valor de p para o teste de Hosmer-Lemershow=0,73.

Conclusão

foi elaborado um perfil simples, bem padronizado e preciso, que recomenda que os/as enfermeiros/as estejam atentos/as àquelas mães com DPP que apresentem anedonia baixa/nula (item 2 da EPDS), pânico/medo escasso/nulo (item 5 da EPDS) e sem antecedentes de depressão, já que é provável que estas mulheres não entrem em tratamento.

Depressão Pós-Parto; Acesso aos Serviços de Saúde; Atençao Primária à Saúde


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