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Interrupções de atividades vivenciadas por profissionais de enfermagem em unidade de terapia intensiva1 1 Artigo extraído da dissertação de mestrado "Análise das interrupções ocorridas durante a assistência de enfermagem em Unidades de Tratamento Intensivo", apresentada à Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.

RESUMO

Objetivo:

analisar as interrupções experienciadas por profissionais de enfermagem durante realização de atividades assistenciais.

Método:

estudo observacional realizado em duas unidades de tratamento intensivo. Dois enfermeiros observaram 33 profissionais de enfermagem, por três horas. Os dados foram registrados em tempo real, usando um instrumento semiestruturado.

Resultados:

após 99 horas de observação de 739 atividades, foi identificado que 46,82% sofreram interrupções, perfazendo 7,85 interrupções por hora. As interrupções comprometeram, em média, 9,42% do tempo de trabalho dos profissionais de enfermagem. As atividades direcionadas ao cuidado indireto do paciente foram as que sofreram maior número de interrupções (56,65%), sendo o registro de enfermagem a atividade mais interrompida. A principal fonte das interrupções foi externa, proveniente dos profissionais de saúde (51%), e as principais causas foram as relacionadas aos pacientes (34,70%) e às comunicações interpessoais (26,47%).

Conclusão:

A enfermagem sofre um grande número de interrupções, causadas principalmente pelos próprios profissionais de saúde, indicando que o ambiente de trabalho deve sofrer intervenções que objetivem reduzir o risco de comprometimento do desempenho do profissional e aumentar a segurança dos pacientes.

Descritores:
Segurança do Paciente; Cuidados de Enfermagem; Unidades de Terapia Intensiva; Observação

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