Acessibilidade / Reportar erro

Relações sociais e sobrevivência na coorte de idosos* * Artigo extraído da tese de doutorado “Relações sociais e sobrevivência na coorte de idosos de Bagé, RS”, apresentada à Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Objetivo:

verificar a influência das relações sociais na sobrevivência de idosos residentes no sul do Brasil.

Método:

estudo de coorte (2008 e 2016/17), realizado com 1.593 indivíduos com 60 anos ou mais, em entrevistas individuais. Os desfechos relações sociais e sobrevivência foram verificados por Análise de Correspondências Múltiplas que orientou a proposição de matriz explanatória para relações sociais e a análise de sobrevivência por Kaplan-Meier e análise multivariada por regressão de Cox para verificar a associação entre as variáveis independentes.

Resultados:

o acompanhamento foi realizado com 82,5% (n=1.314), sendo 46,1% acompanhados em 2016/17 (n=735) e 579 óbitos (36,4%). O idoso que saiu de casa diariamente teve uma redução de 39% na mortalidade e ir a festas manteve o efeito protetor de 17% para sobrevivência. O menor risco de morte para as mulheres é modificado quando os idosos vivem em domicílios com duas ou mais pessoas, neste caso as mulheres apresentam risco 89% maior de morte do que os homens.

Conclusão:

relações sociais fortalecidas exercem papel mediador na sobrevivência. Os achados permitiram verificar a importância de sair de casa como marcador de proteção para a sobrevivência.

Descritores:
Idoso; Apoio Social; Mortalidade; Estudos Longitudinais; Saúde do Idoso; Relações Interpessoais


Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto / Universidade de São Paulo Av. Bandeirantes, 3900, 14040-902 Ribeirão Preto SP Brazil, Tel.: +55 (16) 3315-3451 / 3315-4407 - Ribeirão Preto - SP - Brazil
E-mail: rlae@eerp.usp.br