A união dos fracos talvez seja a melhor estratégia para enfrentar, de um lado, o mêdo e a desesperança dos doentes que cotidianamente buscam o cuidado que precisam; do outro lado,o espanto e vergonha com que muitos dos seus cuidadores percebem suas debilidades para fazer prevalecer, nas organizações de saúde onde atuam, um mínimo de solidariedade social que aproxime as necessidades de uns e de outros. À barbárie e desestruturação alcançada pelo nosso Sistema de Saúde impõem-se um desafio onde audácia e sabedoria serão os requisitos para nos aproximarmos, no conhecimento e nas medidas reparadoras, dos elementos de uma equação onde doentes e seus cuidadores possam introduzir um equilíbrio onde qualificação e responsabilidade pelo cuidado, sejam elementos predominantes nas organizações de saúde.Esta é uma discussão aberta, trazendo a contribuição de diferentes disciplinas e, longe de ser propositiva, pretende estabelecer uma profunda reflexão entre os diretamente interessados em preencher vazios teóricos e práticos que possam ampliar uma economia favorável à "boa prática", entre o uso dos recursos e as necessidades das pessoas, no que se refere às demandas de saúde/doença.
cuidadores; organizações de saúde; demandas de saúde