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Assistência integral à saúde da criança no Brasil: implicações para o ensino e a prática da enfermagem pediátrica

Neste artigo, as autoras discutem o significado que vem sendo atribuído ao termo assistência integral a saúde da criança e do adolescente, apontando suas várias interpretações em busca de superar a fragmentação da assistência. Inicialmente, apresentam as articulações entre o movimento de proteção à criança e a sociedade em geral, em seguida, as diretrizes políticas da assistência à criança e ao adolescente no Brasil contemporâneo. Na segunda parte, discutem as estratégias da enfermagem para apreender a criança em seus aspectos biológicos, em sua subjetividade e em sua dimensão social. Concluem que as necessidades atuais de assistência à criança hospitalizada convergem para: - a apreensão da criança em seus aspectos orgânicos e em sua subjetividade;- o envolvimento dos pais e da família no processo de promoção, prevenção, diagnóstico, terapêutica, e de reabilitação; - organização do trabalho em equipes multidisciplinares e multiprofissionais; - compreensão das instituições de saúde como espaços de produção de serviços onde se estabelecem relações sociais complexas. Portanto, a assistência integral não pode ser tomada de uma forma idealizada, no plano teórico, como uma mistura de referenciais teóricos que vão desde a ecologia até biologia molecular. Ela implica em um árduo trabalho de construção concreta e cotidiana de interação, com determinação política de implementar mudanças.

saúde integral; criança; adolescente; assistência


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