O autor revê, em uma trajetória histórica, hipóteses formuladas sobre a existência de um campo do conhecimento médico - a Pediatria. Identifica um caminho que apenas foi possível mediante mudanças no estatuto social sobre as crianças e o papel que elas exercem na sociedade contemporânea. Fixando uma periodização a partir do século XVII e XVIII, constata uma sucessão de eventos históricos que culminaram com o surgimento de um interesse científico sobre as crianças e seu corpo para, ao fim, tornar ambos prisioneiros de procedimentos atrelados à mentalidade clinica. Por sua vez, presa ao paradigma eclético do conhecimento referido ao processo, saúde e doença, como assinala QUEVEDO (1989). As conseqüências para as crianças e para as práticas sociais, entre elas a prática médica, estão expostas de forma a contribuir com elementos para futuros estudos sobre o campo teórico e o aperfeiçoamento da medicina para as crianças.
prática médica; prática pediátrica; epistemologia