OBJETIVO: Demonstrar a necessidade da inserção do fonoaudiólogo na rede municipal de saúde de Fortaleza-CE, diante da elevada demanda de usuários e da escassez de serviços gratuitos de fonoaudiologia nesse município. MÉTODOS: Estudo documental, transversal e descritivo com abordagem quantitativa, realizado de julho e setembro de 2008, no qual foram analisados os documentos de atendimentos fonoaudiológicos do Núcleo de Atenção Médica Integrada da Universidade de Fortaleza (NAMI-Unifor), no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2007. RESULTADOS: Houve predomínio de atendimento das faixas etárias de 0 e 6 anos no setor de audiologia, (22,05%); e de 0 a 10 anos no setor de fonoterapia, (58,09%). O exame audiológico mais procurado foi a audiometria (65,78%); o principal responsável pelo encaminhamento ao setor de audiologia foi o otorrinolaringologista (56,39%). No setor de fonoterapia, a linguagem foi a área com maior prevalência de atendimentos (36,99%). A terapia em grupo atingiu percentual significativo, com 37,27%, em 2007. Foi registrada queda no número de atendimentos durante o período de recesso da Universidade, devido à redução do número de alunos. CONCLUSÃO: Com um trabalho em nível de atenção primária, no que concerne à saúde da comunicação humana/deglutição, haveria diminuição de gastos públicos com o tratamento das alterações fonoaudiológicas nos demais níveis de atenção. A presença do fonoaudiólogo nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) possibilitaria a melhoria da qualidade de vida da população em todos os ciclos de vida, além da redução da sobrecarga nos serviços gratuitos que prestam atendimento fonoaudiológico no município de Fortaleza.
Comunicação; Promoção da Saúde; Saúde Pública e Coletiva