O presente ensaio apresenta considerações críticas sobre o processo de Avaliação de Desempenho Individual (ADI) ao qual estão atualmente submetidos os servidores do setor de saúde do estado de Minas Gerais, chamando a atenção para o caráter de alta complexidade desse setor e recomendando a adoção de metodologias mais abrangentes, como a Análise Pluridisciplinar das Situações de Trabalho (APST), proposta pelo filósofo francês Yves Schwartz. Este texto resulta da experiência dos autores na formação de trabalhadores e na gestão de serviços de saúde na área pública, não constituindo relato de pesquisa stricto sensu, nem demonstração de dados conclusivos de pesquisa empírica, mas antes um ensaio/convite à reflexão e ao diálogo sobre os riscos de cristalização de uma visão excessivamente funcionalista dos processos de gestão de pessoas no setor público da saúde.
Psicologia do trabalho; Gestão de Saúde Pública; Avaliação de desempenho