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As experiências de mulheres jovens no processo do aborto clandestino – uma abordagem sociológica1 1 Recorte da tese de doutorado intitulada “Mulheres jovens e o processo do aborto clandestino – uma abordagem sociológica”. Tese defendida na Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Young women’ experiences in clandestine abortion – a sociological approach

Este artigo, baseado em pesquisa qualitativa, compatível com o tratamento do tema do abortamento clandestino como fenômeno social complexo, apresenta a experiência de mulheres jovens que recorreram ao aborto clandestino. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com 16 mulheres jovens, de 18 a 29 anos, atendidas em serviço público de saúde da família. Das 44 gravidezes dessas jovens, a metade foi ao aborto. Os resultados mostraram que a ocorrência dos casos de aborto foi maior em gravidezes resultantes de relações instáveis e com parceiros diferentes, em condições de dificuldades financeiras, podendo este ser considerado como o fim da linha de um processo da “desfiliação”, em contextos nos quais o desemprego e a pobreza fragilizam as relações familiares, e essas não conseguem ter sustentabilidade.

Aborto; Saúde Reprodutiva; Sexualidade; Juventude


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