Autores, Título, Periódico e Ano de Publicação |
Chiaravalloti Neto, F. et al. Controle do vetor do dengue e
participação da comunidade em Catanduva, São Paulo, Brasil. Cadernos de
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 6, p. 1739-1749, 2003. |
Objetivos |
Avaliar, por meio da identificação de mudanças de
conhecimentos e práticas de uma população específica, o impacto de ações
de prevenção definidas com base no diagnóstico da realidade local e na
discussão com a comunidade. |
Resultados |
As intervenções na Área de Estudo (AE) proporcionaram um
aumento do conhecimento das formas imaturas do vetor, mas não alteraram
as noções sobre a forma hemorrágica da doença. Ocorreu o aumento de
domicílios sem recipientes, potenciais ou com água, no intra e no
peridomicílio, na AE em relação à Área de Controle (AC). Os números
médios de recipientes, potenciais ou com água, por domicílio, tiveram
diminuição significante, no intra e no peridomicílio, na AE em relação à
AC. Os principais resultados do estudo qualitativo foram a identificação,
pelas moradoras, de contradição entre o discurso e a prática preventiva
oficial, a ausência de interação entre a população e o serviço, e a
desconsideração do saber popular. |
Conclusões |
As ações do poder público devem levar em conta as
realidades locais. Deve-se romper com a lógica da erradicação do vetor e
da aplicação de inseticidas e adotar estratégias de controle sustentáveis
e de maior eficácia, com o pressuposto de que a convivência com o vetor
será permanente e que as mudanças pretendidas não ocorrerão sem
investimento em educação participativa. |
Autores, Título, Periódico e Ano de Publicação |
Lefèvre, A. M. C. et al. Representações sobre dengue, seu
vetor e ações de controle por moradores do Município de São Sebastião,
Litoral Norte do Estado de São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública,
Rio de Janeiro, v. 23, n. 7, p. 1696-1706, 2007. |
Objetivos |
Identificar o conhecimento da população, seus eventuais
lapsos, seu grau de organicidade, com vistas ao enfrentamento da
defasagem entre a informação e a prática. |
Resultados |
Dos entrevistados, 69% eram mulheres. A faixa etária
predominante foi a de 21 a 40 anos. Cerca de 64% tinham escolaridade
acima do primeiro grau completo. A população revelou um amplo grau de
informação sobre a doença e sua gravidade, a capacidade de discriminar o
local mais apropriado para a criação do mosquito e pouco conhecimento
sobre recipientes potenciais. Quanto à gravidade da doença, há uma
percepção graduada do perigo causado por ela. O perigo máximo é a morte.
Sobre o vetor, houve uma associação entre criação de mosquito e água
empoçada. Quanto aos serviços de saúde, em torno de 26% os avaliaram
negativamente. |
Conclusões |
O conhecimento sobre os vários aspectos da dengue revela-se
incompleto e às vezes equivocado, além de fragmentado, com baixo grau de
integração entre as partes. As atitudes revelaram algum grau de descrença
na participação popular. Os comportamentos evidenciaram, com frequência,
a aderência às recomendações do poder público. |
Autores, Título, Periódico e Ano de Publicação |
Santos, S. L.; Cabral, A. C. S. P.; Augusto, L. G. S.
Conhecimento, atitude e prática sobre dengue, seu vetor e ações de
controle em uma comunidade urbana do Nordeste. Ciência & Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, supl. 1, p. 1319-1330, 2011. |
Objetivos |
Avaliar qual o conhecimento, a atitude e a prática
relativos à questão da dengue em uma comunidade. Identificar as situações
de risco favorecedoras para a transmissão da dengue. |
Resultados |
A televisão foi citada como a principal fonte de
informação. O conhecimento foi satisfatório em relação à doença e a sua
forma de transmissão, entretanto, 72% não souberam apontar os principais
sintomas de agravamento da doença. Na avaliação dos entrevistados, as
ações do governo não foram adequadas. Já os agentes de saúde foram
avaliados positivamente. A maioria mostrou atitude e prática
insatisfatórias quanto à prevenção da dengue. A prática de cuidado com a
água mostrou associação significativa com o conhecimento sobre a doença e
as atividades de controle individual, do governo e do agente de
saúde. |
Conclusões |
A população local possui conhecimento adequado sobre o
vetor, contudo, em relação aos sintomas de agravamento da doença e ao
controle do vetor, ele se mostrou insuficiente. Demonstra, ainda, atitude
não adequada quanto à prevenção da dengue e prática insuficiente de
prevenção do vetor no domicílio. Os riscos locais estão relacionados às
deficientes condições de saneamento e comportamentais. |
Autores, Título, Periódico e Ano de Publicação |
Ferreira, I. T. R. N.; Veras, M. A. S. M.; Silva, R. A.
Participação da população no controle da dengue: uma análise da
sensibilidade dos planos de saúde de municípios do Estado de São Paulo,
Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 12, p.
2683-2694, 2009. |
Objetivos |
Analisar a importância conferida à inserção da participação
popular no controle da dengue pelos formuladores da política municipal de
saúde, nos respectivos planos, em municípios do Estado de São Paulo. |
Resultados |
Treze dos dezesseis planos municipais de saúde analisados
citaram a dengue como problema. Em sete, foi sugerida a participação
popular. Outros sete propuseram metas dirigidas à inserção da população
no controle da doença. No entanto, a maioria dos planos deixou de
incorporar atividades, na parte relativa às propostas de intervenção,
para operacionalizar o objetivo e meta fixados. Apenas um dos dezesseis
planos de saúde analisados apresentou o índice médio de sensibilidade
para a participação da população no controle da dengue, dois mostraram
índices baixos, doze, índices muito baixos e um apresentou índice nulo de
sensibilidade. |
Conclusões |
A participação da população não ocupa posição privilegiada
na formulação da política municipal de saúde para o controle da dengue.
Há necessidade de repensar a prática pedagógica e a estratégia de ação
que informa, mas não forma cidadãos ativos e conscientes. |
Autores, Título, Periódico e Ano de Publicação |
Gonçalves Neto, V. S. et al. Conhecimentos e atitudes da
população sobre dengue no Município de São Luís, Maranhão, Brasil, 2004.
Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 10, p. 2191-2200,
2006. |
Objetivos |
Avaliar o conhecimento da população sobre dengue. Descrever
as condições socioeconômicas, sanitárias e ambientais das comunidades.
Identificar os tipos de criadouros potenciais. Conhecer as atitudes das
comunidades sobre as medidas de controle da doença. |
Resultados |
Os entrevistados responderam adequadamente sobre a doença e
o vetor. A principal fonte de informação foi a TV. Apenas 40% procuraram
assistência de saúde quando apresentaram os sintomas. A maioria se
automedicou e respondeu corretamente sobre o que fazer para evitar o
mosquito. A relação entre as variáveis independentes e as informações
sobre conhecimentos, aspectos ambientais e atitudes preventivas não
revelou diferenças significativas, exceto quanto à escolaridade e renda.
Observou-se uma lacuna entre conhecimento e prática de atitudes dirigidas
para se evitar a proliferação do vetor. |
Conclusões |
Há a necessidade de se buscar outras estratégias para
envolver a população que levem em consideração as experiências e
condições de vida das pessoas, permitindo, dessa forma, compreender a
visão que elas têm sobre sua realidade. |