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A produção de conhecimento sobre juventude(s), vulnerabilidades e violências: uma análise da pós-graduação brasileira nas áreas de Psicologia e Saúde (1998-2008)1 1 Este artigo é oriundo da tese de doutorado "Juventudes, subjetivação e violências: inventando modos de existência no contemporâneo", de autoria de Beatriz A. Takeiti, desenvolvida no Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, 2014. Contou com o apoio da CAPES.

Knowledge production about youth, vulnerabilities and violence: an analysis of the Brazilian postgraduate education in the areas of Psychology and Health (1998-2008)

Estudiosos de diferentes campos do saber têm alertado para aspectos recorrentes e problemáticos da produção de conhecimento em relação ao jovem e suas condições sociais. As pesquisas apontam que, ao tratar do tema, estes estudos o fazem quase sempre a partir dos "problemas" que a juventude apresenta, desconsiderando a compreensão dos modos de vida e das experiências cotidianas que a atravessam. O objetivo deste artigo é refletir sobre como as pesquisas acadêmicas brasileiras têm pensado o jovem na atualidade, num diálogo com outros estados da arte já realizados acerca deste tema. Optamos por levantar teses de doutorado e dissertações de mestrado em duas áreas de conhecimento - Psicologia e Saúde - no período de 1998 a 2008. Apresentamos, inicialmente, as razões de tal escolha e os procedimentos adotados para este levantamento; em seguida, expomos algumas características do contexto de produção dos textos analisados e de suas tematizações mais gerais, prosseguindo com a discussão mais específica daqueles que focalizam as violências e vulnerabilidades. Este levantamento revelou alguns dos embates e/ou forças políticas que se conectam e se materializam na produção de um sujeito jovem no contemporâneo, ora fixando-o em uma categoria conceitual, ora objetivando-o a partir dos territórios de vulnerabilizações e violências que os envolvem. Assumir outros modos de pensar as juventudes, acompanhando suas derivações, seus processos de desterritorialização/territorizalização contribui para identificarmos diferentes lógicas, produzir novos conhecimentos, refletir sobre distintas estratégias de ação que dialoguem com as experiências e singularidades deste jovem.

Juventude; Vulnerabilidade; Violência; Estado da Arte


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