São abordadas e discutidas as tecnologias de melhoramento e sua meta de vender a possibilidade (real ou virtual) de manter e proporcionar aparência de juventude, longevidade e até imortalidade aos seres humanos como modelo de construção da noção de si mesmo. Emprega-se a ideia de "promoção de saúde ampliada" tanto no sentido de intensificação dos discursos sustentando comportamentos saudáveis como alegoria fotográfica no sentido de ampliar a sua imagem e permitir uma visão mais aproximada de detalhes políticos, ideológicos e mercantis das suas proposições. A partir de uma tipologia das ciências contra o envelhecimento feita por John Vincent em: cosméticas, médicas, biológicas e imortalistas, são enfocados os dois últimos itens e suas implicações. Ao final, propõe-se um enfoque analítico da questão, destacando estratégias biopolíticas para lidar com a finitude humana através de enfoques preemptivos sob a égide da hiperprevenção e a busca de um tipo de felicidade como autossatisfação pessoal que necessita de tecnologias de melhoramento para ser alcançada.
Promoção de Saúde; Tecnologias de Melhoramento; Longevidade; Biopolítica; Responsabilidade Pessoal; Antienvelhecimento