Resumo
O objetivo deste artigo foi analisar os comentários de leitores de um jornal brasileiro sobre o texto intitulado “Sedentarismo mata?”, publicado em sua versão on-line, relacionando-os ao complexo debate sobre o tema no âmbito da saúde coletiva. Para tanto, os 46 comentários emitidos foram agrupados em categorias emanadas das ideias de (Giddens, 1991GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Editora Unesp, 1991.), da leitura isotópica (Greimas, 1987GREIMAS, A. J. On meaning: selected writings in semiotic theory. Minneapolis: Minneapolis University Press, 1987.) e, por fim, analisados sob a perspectiva da semiótica. A variedade de opiniões sobre a mortalidade do sedentarismo denota a complexidade da vida humana e, por conseguinte, a dificuldade inerente à formulação de ações e políticas no campo da prevenção em saúde. Assim, para além de ações individualizantes e moralizadoras dos estilos de vida arriscados, a redução das desigualdades sociais deve ser o imperativo ético e pressuposto básico de toda ação e política de saúde.
Palavras-chave:
Estilo de Vida Sedentário; Risco; Percepção Pública da Ciência