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Em Brasília, mas em Recife: atravessamentos tecnometodológicos em saúde, gênero e maternidades numa pesquisa sobre as repercussões da epidemia do vírus Zika1 1 Esta pesquisa contou com recursos da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), do Departamento de Antropologia e do Decanato de Ensino de Graduação, todos da Universidade de Brasília, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

In Brasilia, but in Recife: techno-methodological crossings in health, gender and maternities in a research on the Zika virus epidemic’s repercussions

Resumo

Este artigo discute a prática da pesquisa antropológica em saúde em múltiplas dimensões, a partir de nossa primeira estada de campo entre as mães de bebês com síndrome congênita pelo Zika Vírus no Recife em 2016. Os arranjos metodológicos insurgentes foram tão inovadores e desafiadores que nos impulsionaram a refletir sobre as contribuições da pesquisa para o debate teórico sobre pesquisa social em saúde. Por isso, nessas linhas refletimos sobre a prática de pesquisa etnográfica coletiva; a pluralidade de papéis da docente e pesquisadora; autoria e ética dos diários de campo e resultados da pesquisa; o uso do WhatsApp em campo e como campo; e, por fim, as particularidades de uma pesquisa sobre mães quando as pesquisadoras também são mães e, por meio disso, encontram-se e também distanciam. Um esforço sempre ancorado na ideia de tencionar e fazer alargar o que se entende por práticas de pesquisa, sem, contudo, perder em profundidade, compromisso ético e reflexividade.

Palavras-chave:
Metodologia; Ensino; Antropologia; Saúde Coletiva; Maternidade; Vírus Zika

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