Este artigo se propõe a discutir a formação de professores no contexto da reforma educacional marcada pela centralidade do currículo e da noção de competências. A análise toma por referência a Teoria Crítica da Sociedade, conforme os escritos de T. ADORNO, M. HORKHEIMER e H. MARCUSE, para dimensionar a relação entre escolarização e trabalho docente na sociedade do capitalismo tardio. A crítica à reforma da formação de professores fundamenta-se na constatação de um movimento de incorporação, pelo campo pedagógico, da lógica que rege a economia de mercado. Esse processo de incorporação ocorre por diferentes mediações e se manifesta em procedimentos que valorizam a competição, geram a exclusão e promovem a adaptação da formação humana a pretensos requisitos de formação para o trabalho.
formação de professores; reformas educacionais; competências