Este artigo tem por objetivo analisar o impacto do sistema de acumulação flexível e das concepções neoliberais no trabalho docente, aprofundando o estudo sobre a (re)significação dos papéis sociais de professor construídos/negociados nas relações que se instauram na docência do Ensino Superior. Para efetivar esse estudo, foram realizadas observações em uma universidade particular situada em um município da região de Campinas. As análises do material empírico, a partir dos pressupostos teórico-metodológicos de Antunes e Vygotsky, mostraram que nos conflitos e tensões da cotidianidade do trabalho docente emergem complexos movimentos de fuga, mas também de enfrentamento e ruptura, que promovem o dissenso resgatando o compromisso social coletivo e o devido reconhecimento dos direitos fundamentais de todo e qualquer ser humano à cidadania.
acumulação flexível; trabalho docente; Ensino Superior; papéis sociais