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Metaplasia tubária endocervical: conceituação morfológica e importância prática

Tubal metaplasia in endocervix: morphological concepts and practical importance

OBJETIVO. A metaplasia tubária (MT) endocervical é uma lesão benigna, classificada como pseudoneoplásica, que tem sido confundida com o adenocarcinoma in situ. Caracteriza-se pela substituição do epitélio mucoso endocervical por três tipos celulares: ciliado, secretor e intercalar. O objetivo deste trabalho é localizar e caracterizar morfologicamente a MT no colo uterino, relacionando-a a outras lesões . MÉTODOS. Os autores selecionaram 18 espécimes de colo uterino com o diagnóstico de MT, obtidos por conização (8 casos) ou histerectomia (10 casos). Dividiram a endocérvice em regiões superior, inferior, epitélio de revestimento superficial e glandular, para observar a freqüência da MT nesses locais. Todos os casos estavam associados a outras lesões neoplásicas e não-neoplásicas. RESULTADOS. A MT ocorreu em pacientes de 24 a 72 anos (média= 44 anos). Na maioria (83%), foi encontrada na região endocervical superior. Entretanto, em 61% dos casos, também ocorreu nas porções mais inferiores do canal, tanto no epitélio de revestimento superficial como em glândulas. Em 60%, houve associação da MT com neoplasia intra-epitelial ou invasiva, escamosa ou glandular. CONCLUSÃO. Apesar de ser mais freqüente na porção endocervical superior, a MT também foi identificada nas regiões mais inferiores em mais da metade dos casos estudados, em que pode ser confundida com o adenocarcinoma in situ. Embora comumente associada à neoplasia nesse material, os autores não podem afirmar qual a freqüência geral da MT no colo uterino e enfatizam a importância do reconhecimento morfológico da lesão.

Colo uterino; Metaplasia tubária; Adenocarcinoma endocervical in situ; Histopatologia


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