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Hiperplasia de mastócitos na oxalose óssea

Increased mast cell number in oxalosis of bone

OBJETIVOS: Avaliar através de técnicas de histomorfometria a incidência de hiperplasia de mastócitos na medula óssea de pacientes portadores de oxalose e insuficiência renal crônica. MATERIAL E MÉTODOS: Foram estudados 18 indivíduos divididos em 3 grupos: 6 (4 homens e 2 mulheres com média de idade de 26.31±2.5 anos) portadores de oxalose óssea e insuficiência renal crônica (IRC) ; 6 (5 mulheres e 1 homem com idade média de 22.1±3.56 anos) portadores de IRC e 6 indivíduos saudáveis (5 homens e 1 mulher com idade média de 23±2.78 anos). A análise do tecido ósseo foi realizada em biópsias de crista ilíaca, incluídas em resina, sem descalcificação prévia e coradas pela técnica do Azul de Toluidina. A contagem dos mastócitos foi feita utilizando-se sistema analisador de imagem e os valores (média±DP) foram expressos sob a forma de células por mm² de tecido. RESULTADOS: O número de mastócitos foi significativamente maior nos portadores de oxalose óssea, 32.67±9.59, ao se comparar com os pacientes portadores de IRC sem oxalose (20.84±5.04,p<0.05) e nos indivíduos do grupo controle (3.26±1.03,p<0.001) CONCLUSÕES: A oxalose óssea está associada com um aumento substancial do número de mastócitos na medula óssea. Esta alteração não está relacionada com a IRC per se e não parece representar uma resposta inespecífica à fibrose medular. O acúmulo anormal de mastócitos deve, de alguma forma, contribuir para o desenvolvimento da fibrose de medula óssea que acompanha esta condição.

Mastócitos; Oxalose; Insuficiência renal crônica


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