A prevalência de pacientes viciados em cocaína e/ou crack parece estar aumentando; portanto, o médico deve estar preparado para diagnosticar o uso de drogas. OBJETIVOS. Determinar se existem sinais típicos de uso de cocaína e/ou crack no trato respiratório superior ou na orofaringe em exame otorrinolaringológico comum. Orientar o médico no diagnóstico dos pacientes viciados nessas drogas. MÉTODOS. Foram estudados 18 pacientes viciados em cocaína e/ou crack, que estavam internados em clínica psiquiátrica, através de anamnese e exame otorrinolaringológico simples (rinoscopia anterior e orofaringoscopia). RESULTADOS. Foi impossível estabelecer uma correlação entre o tempo de uso, quantidade e freqüência no uso das drogas quanto aos sintomas e exame otorrinolaringológico. CONCLUSÃO. Devido à inespecíficidade no exame otorrinolaringológico do paciente viciado em cocaína e/ou crack, é necessário que o médico suspeite do abuso de drogas na história clínica; caso contrário, poderá não realizar este importante diagnóstico.
Toxicologia; Cocaína; Otorrinolaringologia