OBJETIVO: Descrever a mortalidade feminina por neoplasmas no período reprodutivo (15 a 49 anos), no Estado de São Paulo, de 1991 a 1995. MÉTODOS: A listagem dos óbitos, com as causas básicas codificadas pela Classificação Internacional de Doenças, 9ª Revisão e as estimativas da população feminina, por grupos etários, foram fornecidas pela Fundação SEADE. Foram calculados coeficientes específicos por 100.000 mulheres, as medianas desses coeficientes relativas ao quinquênio e porcentagens de causas básicas por alguns sub-grupos. RESULTADOS: Nas mulheres mais jovens, de 15 a 29 anos, a mortalidade maior é relativa ao agrupamento "Neoplasma maligno dos tecidos linfático e hematopoiético", seguida de "Neoplasma maligno dos ossos, do tecido conjuntivo, da pele e da mama". Após os 30 anos, passa a ser preponderante este último agrupamento, seguido de "Neoplasma maligno dos órgãos genitourinários", de "Neoplasma maligno dos órgãos digestivos e do peritônio" e de "Neoplasma maligno dos tecidos linfático e hematopoiético". As causas básicas específicas com maior mortalidade foram, nas mulheres de 15 a 29 anos, as leucemias mielóide e linfóide e , nas de 30 a 49 anos, em ordem decrescente, o câncer de mama, o câncer de colo e de porção não especificada do útero, o câncer de estômago, o câncer de traquéia, brônquios e pulmão e o câncer de ovário e de outros anexos do útero. CONCLUSÕES: Medidas preventivas devem ser intensificadas para diminuição dos fatores de risco, bem como para diagnóstico e tratamento precoce dos neoplasmas, em mulheres em idade fértil, visando a preservar a sua saúde e a evitar possíveis gestações complicadas com essas doenças.
Mortalidade feminina em idade fértil; Neoplasmas; Câncer de mama; Câncer de útero; Câncer de estômago; Leucemias