A transmissão vertical do HIV (vírus da imunodeficiência humana) tornou-se o principal alvo da profilaxia com zidovudina (AZT), utilizada durante a gestação, parto e no recém-nascido (RN). OBJETIVO: Caracterizar a evolução clínica e laboratorial de RN de mães portadoras do HIV. MÉTODOS: Estudo prospectivo entre 64 RN de mães portadoras do HIV classificados em dois grupos: grupo A constituído de 23 pares de mães e RN que não receberam o AZT, grupo B constituído de 41 pares que receberam AZT em alguma fase da profilaxia. RESULTADOS: A média de idade materna foi de 26,8 anos, o uso de drogas ilícitas ocorreu em 17,2% das gestantes, 20 (31,3%) das gestantes apresentavam doenças. Não houve diferenças significativas entre os grupos quanto a freqüência de pré-natal, doenças maternas, antropometria de nascimento e do crescimento durante o seguimento. Os grupos de estudo apresentaram hemogramas e contagens de linfócitos semelhantes. A negativação sorológica ocorreu em média aos 16 meses. A transmissão vertical ocorreu em seis crianças (9,3%) e nenhuma criança foi infectada no subgrupo que recebeu a profilaxia em todas as fases. CONCLUSÃO: A profilaxia com AZT em todos os períodos recomendados e o seguimento a longo prazo dos RN de mães HIV positivas constitui uma das melhores estratégias para prevenção da Aids na infância.
Infecção; Vírus; HIV; Recém-nascidos; Zidovudina; Transmissão vertical