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Síndrome metabólica e seus componentes em portadores do HIV

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de síndrome metabólica e seus componentes em indivíduos portadores do vírus HIV assistidos em um centro de tratamento especializado em um município do litoral de Santa Catarina. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo 249 indivíduos (130 homens e 119 mulheres), com idades entre 18 e 73 anos. Para definir a síndrome metabólica, utilizaram-se os critérios do National Cholesterol Education Program, conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia. RESULTADOS: Dentre os avaliados, 20,9% tinham síndrome metabólica, sendo 18,5% dos homens e 23,5% das mulheres, sem associação estatística entre os sexos, sendo que 26,9% apresentavam dois dos componentes da síndrome. Os componentes de maior frequência foram aqueles relacionados ao perfil lipídico (HDL-colesterol inadequado e triglicerídeos elevados), seguidos pela medida da circunferência da cintura aumentada, alterações na pressão arterial e na glicemia de jejum. Encontrou-se associação estatisticamente significativa apenas para o sexo e a circunferência da cintura aumentada. CONCLUSÃO: A prevalência de síndrome metabólica encontrada no presente estudo possivelmente reflete a qualidade do serviço de saúde prestado. Destaca-se a importância da investigação da síndrome metabólica em populações infectadas pelo HIV, contribuindo, assim, para sua maior sobrevida.

Síndrome de imunodeficiência adquirida; síndrome metabólica x estado nutricional


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