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Influência de fatores maternos e neonatais no desenvolvimento da displasia broncopulmonar

OBJETIVO: Analisar as características epidemiológicas da displasia broncopulmonar (DBP) e suas relações com condições maternas e neonatais em uma unidade neonatal. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e analítico, sendo os dados coletados através da análise de prontuários envolvendo recém-nascidos (RNs) pré-termo com peso ao nascimento inferior a 1.500 g e idade gestacional abaixo de 37 semanas internados em uma unidade neonatal. RESULTADOS: Foram estudados 323 recém-nascidos com média do peso ao nascimento de 1.161 g (± 231 g), idade gestacional entre 24 e 36,5 semanas com incidência da DBP de 17,6%. Entre os RNs que desenvolveram DBP, a média de dias de uso de assistência ventilatória mecânica invasiva (AVMI), ventilação não invasiva (VNI) e oxigênio foi, respectivamente, 17,6 dias, 16,2 dias e 46,1 dias, sendo significativamente maior naqueles RNs que desenvolveram a DBP (p < 0,001). A ocorrência da DBP foi significativamente maior nos RNs com diagnóstico de persistência do canal arterial (PCA). CONCLUSÃO: A incidência da DBP neste estudo foi semelhante à encontrada na literatura mundial. Não houve associação entre a presença de infecção materna e o uso de corticoide antenatal com a DBP. Os RNs que fizeram uso de surfactante tiveram maior incidência da DBP porque tinham menor PN e menor IG. A ocorrência da PCA e DBP simultaneamente está associada ao maior tempo de uso de AVMI, VNI e oxigênio

Displasia broncopulmonar; nascimento prematuro; respiração artificial; oxigenoterapia; fatores de risco


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